Entender como calcular o IGPM é fundamental para quem atua no segmento imobiliário ou mora de aluguel
Basta uma simples análise do mercado para perceber que os preços estão sempre oscilando ao longo do tempo graças a um conjunto de fatores, como a inflação, o preço da matéria-prima e alterações em oferta e demanda. Mas como acompanhar essa oscilação no longo prazo?
É para isso que existe o IGPM. O Índice Geral de Preços do Mercado é calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) com base em dados apurados entre o dia 21 do mês anterior até o dia 20 do mês atual. Ele mostra como os preços estão oscilando para que o mercado possa ajustar os seus preços.
No segmento imobiliário, saber como calcular o IGPM é de grande importância tanto para quem atua na área quanto para proprietários de imóveis e para quem mora de aluguel, pois ele serve de base para os reajustes anuais do valor.
Como calcular o IGPM – e como fica o reajuste do aluguel?
Entenda como calcular o IGPM: utilizar os dados liberados pela FGV acumulados anualmente é muito prático e trará o índice de reajuste do aluguel facilmente. Não é preciso ter grandes habilidades matemáticas.
Primeiro, vamos transformar o valor do IGPM de porcentagem para valores reais. Basta multiplicar o valor atual do aluguel do imóvel pela a porcentagem IGPM acumulada no ano anterior.
Não entendeu? Vamos supor que o aluguel atual seja R$ 1.500 e o IPGM acumulado no último ano tenha sido de 24,52% (dados de novembro de 2020). Ao multiplicar os valores, chegamos em R$ 367,80 – esse é o valor do reajuste, a ser somado aos R$ 1.500. Logo, o novo valor do aluguel deve ser de 1867,80.
Pronto, é só isso. O resultado já traz diretamente o valor do reajuste recomendado, considerando todo o contexto do mercado.
Reajuste está muito alto? Pode ser hora de renegociar o aumento!
Esse ano não foi fácil para ninguém. Em época de pandemia e instablidade econômica, o IGPM disparou – e o reajuste do aluguel pode afetar muitos orçamentos. Por isso, agora que você já entendeu como calcular o IGPM, lembre-se que tanto o proprietário quanto o inquilino devem estar preparados para a renegociação do reajuste.
Entre as dicas de negociação, podemos destacar:
- Sinceridade: é importante que o inquilino abra o jogo com proprietário ou com a imobiliária sobre sua situação. Reajuste salarial ou redução de jornada, por exemplo, são bons argumentos para manter o valor congelado por mais um ano ou, pelo menos, alguns meses;
- Histórico de bom pagador: para inquilinos bons pagadores, que nunca atrasam suas parcelas, é ainda mais fácil negociar o reajuste do aluguel. O proprietário pode se atentar a isso na hora de conceder o desconto. Em época de crise, é melhor manter o preço sem reajustar do que correr o risco de deixar o imóvel desocupado. Ou, correr o risco de locar para pessoas desconhecidas;
- Bom relacionamento: é sempre bom manter o bom relacionamento entre inquilino, imobiliária e proprietário – estar preparado para abrir mão do reajuste pode ser ponto-chave para anos de crise.
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Publicado em 18 de Dezembro de 2020 Alugue Bem,Blog,
Negócio Imobiliário