O novo boom imobiliário

Redução de juros + disponibilidade de crédito + mudanças de hábitos = um boom imobiliário está prestes a acontecer no Brasil. Isso não é uma previsão, mas sim é uma afirmação sustentada em algumas análises, inclusive pelo próprio Ricardo Amorim – um dos maiores analistas econômicos da atualidade. Leia este post para saber mais sobre o assunto.

Assim como no cenário mundial, o levantamento mensal realizado em julho pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e divulgado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), aponta um crescimento de 58% em venda de imóveis novos em comparação ao mesmo período de 2019.

Mas não apenas isso, a entidade destacou que esse índice é um dos melhores tendo como base o ano de 2014.

Outros dados e pareceres, inclusive do presidente da Abrainc, demonstram que o mercado da construção civil – mesmo diante da realidade – mostrou-se resiliente.

O cenário é sim de confiança entre incorporadoras e construtoras, e de maneira redundante fatores aleatórios ainda contribuem para um crescimento maior neste último trimestre.

Entre esses fatores instigadores de boas notícias no setor da construção civil estão a Taxa Selic em queda, aumento na disponibilidade de crédito e facilidades para usá-los e, é claro, aprendizados e necessidades que chegam devido a experiências que a pandemia nos trouxe.

Portanto, continue a ler para entender como cada um desses fatores está contribuindo para o tão desejado e real boom imobiliário. Confira!

Taxa Selic: uma das menores em anos

O mercado imobiliário e todos os outros setores da economia brasileira estão atrelados à Selic.

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), especificamente em agosto definiu a taxa básica de juros em 2% – o menor índice na história.

Os cortes foram graduais e se iniciaram ainda em 2019, quando a Taxa Selic estava fixada em agosto/19 era de 6,5%.

Em síntese, quando ocorre a desaceleração econômica, no entanto existe controle sobre a inflação, o governo interfere reduzindo a taxa.

Situação que não é muito interessante para bancos, afinal os títulos públicos federais deixam de ser relevantes, e por isso bancos ofertam mais e novas linhas de crédito, para a sociedade de modo geral.

Assim como em todos os setores econômicos, a taxa Selic tem influência direta sobre o mercado de imóveis. Em queda, viabiliza ações que envolvam empréstimos, por exemplo.

O entendimento aqui é bem simples. Como empréstimos para financiamento são de longo prazo, e corrigidos anualmente, a taxa Selic sob controle e ainda por cima com previsão de estabilidade para o próximo ano, influencia positivamente para disparar gatilhos de compra.

Com a Selic em queda, comprar um imóvel passa a se tornar um sonho mais concreto pois a sensação de segurança é muito maior.

Disponibilidade de crédito

Reforçando o que vimos acima e acrescentando que o crédito mais longo na economia é o do financiamento imobiliário e além disso o diagnóstico de que temos um dos maiores déficits habitacionais do mundo, o governo também tem interesse gigante em ampliar linhas para financiamento imobiliário. 

Portanto, a oferta de crédito tende a aumentar mais ainda, considerando que a demanda está em crescimento e de forma muita mais confiável, vistas a geração de empregos prevista para o ano que vem e posteriores, o que certamente diminui a inadimplência e aumenta a circulação de renda.

Novos hábitos realmente importantes

Unindo o cenário traçado pela redução da Taxa Selic com o aumento da disponibilidade de crédito, certamente a realidade está mais favorável para mudanças positivas na sociedade.

Muito mais do que lavar as mãos várias vezes ao dia, usar o álcool gel frequentemente, evitar o contato físico e as aglomerações, novos hábitos (forçados inicialmente) como trabalhar Home Office não serão extintos.

O que era para ser apenas um tempo, agora é regular, é a rotina (do novo normal) onde o trabalho remoto passou a ser oficial.

Essa ‘mudança forçada’ inicialmente, que estavam prevista para daqui a alguns anos como mencionou Cesar Bullara da ISE Business School, ainda em maio, é a nova realidade.

Homens e mulheres agora trabalham em casa e de casa. Além disso, esses meses de isolamento domiciliar em família, trouxeram à tona outras necessidades.

Por exemplo, a de melhorar os espaços ou mesmo de procurar um imóvel maior. Quem sabe uma casa que possibilite manter uma horta ou jardim (e um pet).

A realidade mostra a redução de escritórios e o aumento nos formatos de ambientes compartilhados (coworking), portanto, menos custos operacionais para empresas e profissionais liberais.

Outra evidência é a redução da presencialidade nos ambientes profissionais. Jornadas presenciais de 2 ou 3 dias são realidade, portanto, a necessidade de morar em cidades centrais, movimentadas e com trânsito caótico, está sendo revista. 

Pois é possível residir em cidades menos movimentadas nas regiões metropolitanas e facilmente se deslocar para cumprir essas jornadas presenciais.

Enfim, grande parte das pessoas descobriram também que nesses meses de trabalho Home Office e de isolamento em família, que o lugar onde moramos é o melhor do mundo.

Portanto, se ele não é o ideal para si ou para a família, o momento de buscar por outro é agora, seja para comprar ou alugar.

Especialmente um que contribua para mais qualidade de vida, como imóveis no interior, mais espaçosos, funcionais e próximos à natureza.

A oportunidade de novos negócios está aí, e ela é interessante tanto para incorporadores como para quem ainda não tem ou mesmo deseja mudar de imóvel.

Publicado em 15 de outubro de 2020 Blog,
Cenário Imobiliário

RECEBA NOSSO CONTEÚDO

Cadastre seu email e receba o nosso conteúdo com prioridade.

Obrigado pelo cadastro!