Aluguel em alta: o que explica os preços em 2025

Descubra por que os aluguéis estão subindo nas grandes cidades e o que esperar do mercado em 2025. Veja comparativos e tendências.

Quem mora ou investe nas grandes cidades já percebeu: os preços dos aluguéis continuam em ritmo de alta em 2025. De acordo com dados recentes de institutos como FipeZap e Secovi-SP, a valorização dos contratos residenciais tem superado a inflação oficial e alterado o comportamento de inquilinos, proprietários e imobiliárias.

Mas o que, de fato, está puxando essa alta? E como esse movimento varia entre diferentes regiões do país?

Neste artigo, analisamos os principais fatores que impulsionam os preços de locação nas metrópoles brasileiras, com destaque para tendências urbanas, transformações no mercado imobiliário e o novo perfil dos locatários.

O panorama do aluguel em 2025: uma retomada firme

Após os impactos da pandemia e as flutuações de 2021 a 2022, o mercado de locação urbana voltou a crescer de forma consistente a partir de 2023. Em 2025, os dados apontam para um ciclo prolongado de valorização nos aluguéis residenciais, especialmente nos grandes centros urbanos.

Segundo o Índice FipeZap, o preço médio do metro quadrado para locação em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Brasília apresentou variações anuais entre 12% e 18% no acumulado dos últimos 12 meses. Em algumas regiões específicas, como bairros centrais ou bem conectados por transporte público, a valorização ultrapassa os 20%.

Esse crescimento tem sido impulsionado por uma série de fatores estruturais e conjunturais, que vamos detalhar a seguir.

1. Demanda reprimida e mudança no perfil dos inquilinos

Casal jovem recebendo de um corretor as chaves de um imóvel.

Com a alta dos juros e o encarecimento do crédito imobiliário nos últimos anos, muitas famílias adiaram o sonho da casa própria. Isso elevou a demanda por imóveis para alugar, especialmente em regiões urbanas com boa infraestrutura, segurança e proximidade de centros comerciais e polos de serviço.

Além disso, o perfil do locatário vem mudando. Em 2025, cresce o número de:

Esse novo comportamento pressiona a oferta em bairros com mais conveniência urbana, elevando os preços e reduzindo a margem de negociação.


2. Oferta limitada em áreas valorizadas

Ao mesmo tempo, a oferta de imóveis prontos para locação não cresce na mesma proporção da demanda nas principais capitais. Fatores como:

Tais fatores contribuem para a escassez de unidades disponíveis nas regiões mais disputadas. Isso gera desequilíbrio entre oferta e demanda em bairros valorizados, pressionando ainda mais os valores pedidos pelos proprietários.

3. Locação por temporada e plataformas digitais

Outro movimento que afeta os preços do aluguel tradicional nas grandes cidades é o crescimento da locação por temporada e o uso de plataformas digitais como Airbnb.

Diversos proprietários optaram por alugar seus imóveis por curtos períodos, atraídos pela maior rentabilidade e flexibilidade desse modelo. Com isso, parte dos imóveis que antes estariam disponíveis para locação residencial permanente migrou para o mercado de curta duração, reduzindo a oferta e encarecendo os contratos tradicionais.

Esse fenômeno é especialmente evidente em bairros turísticos, regiões centrais e cidades com alta rotatividade de visitantes e estudantes.

4. Mobilidade urbana e valorização da localização

A reconfiguração da mobilidade urbana também impacta os preços. Com a retomada do trabalho presencial e o aumento do trânsito nas grandes cidades, imóveis próximos a estações de metrô, corredores de ônibus e ciclovias voltaram a ser mais valorizados.

Além disso, bairros que antes eram considerados periféricos passaram a ter maior atratividade após melhorias de infraestrutura ou surgimento de hubs comerciais e tecnológicos.

A valorização, portanto, deixou de se concentrar apenas em bairros tradicionais e passou a abranger regiões emergentes com boa conexão urbana. E isso também amplia o leque de oportunidades para investidores atentos.


5. Reajustes e contratos indexados: impacto direto no bolso

Os contratos de locação residencial no Brasil ainda são majoritariamente reajustados com base no IGP-M ou no IPCA. Com os índices em alta ou retomando ciclos inflacionários, os reajustes têm sido significativos.

Apesar de parte do mercado já adotar negociações mais flexíveis, muitos contratos antigos ainda seguem com correções automáticas, o que impacta diretamente no valor final pago pelos inquilinos.

Além disso, a prática de repassar custos adicionais (como condomínio, IPTU e seguro) torna o custo total da moradia ainda mais elevado em 2025.


Comparativo entre capitais: o que os dados revelam?

Abaixo, um panorama simplificado com base em dados de mercado até o 1º semestre de 2025:

CidadeAlta acumulada no aluguel
(12 meses)
Tendência de curto prazo
São Paulo+11,44%Valorização contínua nos bairros centrais e de alto padrão
Rio de Janeiro+9,87%Alta concentrada na Zona Sul e regiões próximas ao VLT
Curitiba+10,54%Demanda crescente por studios e imóveis compactos
Belo Horizonte+14,71%Valorização nos bairros com comércio ativo e universidades
Salvador+25,57Influência do turismo e locações por temporada
Recife+13,64%Expansão urbana e alta procura por imóveis pequenos

O destaque vai para cidades como São Paulo e Brasília, onde a pressão sobre o estoque de locação é maior, especialmente em bairros nobres, próximos de centros financeiros ou com alto índice de serviços.


6. Tendências para o restante de 2025

As previsões apontam para a continuidade do ciclo de valorização, com aumento da competitividade entre inquilinos e pressão por contratos mais longos ou com garantias mais sólidas.

Tendências que devem se consolidar:

Essas mudanças vêm alterando não apenas o preço, mas também a forma como o aluguel é negociado e administrado nas cidades.

7. O papel das garantias e plataformas digitais

Com o aumento da concorrência e da inadimplência potencial, cresce a importância de garantias locatícias mais ágeis, como seguro-fiança, garantia digital e análise de crédito em tempo real.

Imobiliárias que contam com ferramentas como a Avalyst, por exemplo, conseguem oferecer uma jornada mais segura e fluida para ambas as partes. Além de permitir ao proprietário precificar melhor seu imóvel com base em dados reais de mercado.

A automação na avaliação de risco e a digitalização dos processos reduzem o tempo de vacância, ajudam na tomada de decisão e tornam a experiência mais eficiente.


Considerações finais

A alta nos aluguéis nas grandes cidades brasileiras em 2025 é resultado de uma combinação complexa de fatores: escassez de oferta, mudança no comportamento dos locatários, inflação nos custos de vida, digitalização e novas formas de morar.

Para os inquilinos, isso significa a necessidade de mais planejamento e pesquisa. Para proprietários e imobiliárias, abre espaço para soluções inteligentes de precificação, garantias modernas e maior atenção às tendências urbanas.

A chave está em acompanhar as mudanças do mercado e adaptar-se com agilidade e estratégia. E, nesse cenário, quem estiver melhor informado e conectado às ferramentas certas sairá na frente.

FAQ – Perguntas frequentes sobre o aumento dos aluguéis em 2025

Por que o aluguel está subindo tanto nas capitais?

O aumento é puxado por alta demanda, pouca oferta de imóveis em regiões centrais, reajustes inflacionários e migração para locações por temporada.

O aluguel vai continuar subindo em 2025?

Tudo indica que sim, principalmente nas regiões com infraestrutura consolidada, boa mobilidade urbana e forte presença de serviços.

Ainda vale a pena investir em imóveis para locação?

Sim, especialmente em imóveis compactos e bem localizados. A demanda segue alta e o retorno pode ser atrativo com boa gestão.

Como se proteger de reajustes abusivos?

Negocie cláusulas claras no contrato, acompanhe os índices econômicos e prefira contratos com correção pelo IPCA ou com limites definidos.


Leia também: Saiba como garantir a renovação do contrato de aluguel
Por que a Avalyst é a melhor solução para os inquilinos?

Publicado em 2 de julho de 2025 Blog,
Cenário Imobiliário

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